quarta-feira, 16 de abril de 2014

Monteiro Lobato

Monteiro Lobato - Biografia

Escritor brasileiro


Monteiro Lobato (1882-1948) foi um escritor brasileiro. "O Sitio do Picapau Amarelo" é uma de suas obras de maior destaque na literatura infantil. Foi um dos primeiros autores de literatura infantil em nosso país e em toda América Latina. Tornou-se editor, criando a "Editora Monteiro Lobato" e mais tarde a "Companhia Editora Nacional". Metade de suas obras é formada de literatura infantil.
Monteiro Lobato (1882-1948) nasceu em Taubaté, São Paulo, no dia 18 de abril de 1882. Era filho de José Bento Marcondes Lobato e Olímpia Monteiro Lobato. Alfabetizado pela mãe, logo despertou o gosto pela leitura, lendo todos os livros infantis da biblioteca de seu avô o Visconde de Tremembé. Desde menino já mostrava seu temperamento irrequieto, escandalizou a sociedade quando se recusou fazer a primeira comunhão. Fez o curso secundário em Taubaté. Estudou no Instituto de Ciências e Letras de São Paulo.
Registrado com o nome de José Renato Monteiro Lobato, resolveu mudar de nome, pois queria usar uma bengala, que era de seu pai, que havia falecido no dia 13 de junho de 1898. A bengala tinha as iniciais J.B.M.L gravadas no topo do castão, então mudou de nome, passou a se chamar José Bento, assim as suas iniciais ficavam iguais às do pai.
Ingressou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco na capital, em 1904. Na festa de formatura fez um discurso tão agressivo que vários professores, padres e bispos se retiraram da sala. Nesse mesmo ano voltou para Taubaté. Prestou concurso para a Promotoria Pública, assumindo o cargo na cidade de Areias, no Vale do Parnaíba, no ano de 1907.
Monteiro Lobato casou-se com Maria Pureza da Natividade, em 28 de março de 1908. Com ela teve quatro filhos, Marta (1909), Edgar (1910), Guilherme (1912) e Rute (1916). Paralelamente ao cargo de Promotor, escrevia para vários jornais e revistas, fazia desenhos e caricaturas. Ficou em Areias até 1911, quando muda-se para Taubaté, para a fazenda Buquira, deixada como herança pelo seu avô.
No dia 12 de novembro de 1912, o jornal O Estado de São Paulo publicou uma carta sua enviada à redação, intitulada "Velha Praga", onde destaca a ignorância do caboclo, criticando as queimadas e que a miséria tornava incapaz o desenvolvimento da agricultura na região. Sua carta foi publicada e causou grande polêmica. Mais tarde, publica novo artigo "Urupês", onde aparece pela primeira vez o personagem "Jeca Tatu".
Em 1917 vende a fazenda e vai morar em Caçapava, onde funda a revista "Paraíba". Nos 12 números publicados, teve como colaboradores Coelho Neto, Olavo Bilac, Cassiano Ricardo entre outras importantes figuras da literatura. Muda-se para São Paulo, onde colabora para a "Revista do Brasil". Em seguida compra a revista e a transforma em editora. Publica em 1917, seu primeiro livro "Urupês", que esgota sucessivas tiragens. Transforma a Revista em centro de cultura e a editora numa rede de distribuição com mais de mil representantes.
No dia 20 de dezembro de 1917, publica no jornal O Estado de São Paulo, um artigo intitulado "Paranoia ou Mistificação?", onde critica a exposição de Anita Malfatti, pintora paulista recém chegada da Europa. Estava criada uma polêmica, que acabou se transformando em estopim do movimento modernista.
Monteiro Lobato, em sociedade com Octalles Marcondes Ferreira, funda a "Companhia Gráfico-Editora Monteiro Lobato". Com o racionamento de energia, a editora vai à falência. Vendem tudo e fundam a "Companhia Editora Nacional". Lobato muda-se para o Rio de Janeiro e começa a publicar livros para crianças. Em 1921 publica "Narizinho Arrebitado", livro de leitura para as escolas. A obra fez grande sucesso, o que levou o autor a prolongar as aventuras de seu personagem em outros livros girando todos ao redor do "Sítio do Picapau Amarelo". Em 1927 é nomeado, por Washington Luís, adido comercial nos Estados Unidos, onde permanece até 1931.
Como escritor literário, Lobato destacou-se no gênero "conto". O universo retratado, em geral são os vilarejos decadentes e as populações do Vale do Parnaíba, quando da crise do plantio do café. Em seu livro "Urupês", que foi sua estreia na literatura, Lobato criou a figura do "Jeca Tatu", símbolo do caipira brasileiro. As histórias do "Sítio do Picapau Amarelo", e seus habitantes, Emília, Dona Benta, Pedrinho, Tia Anastácia, Narizinho, Rabicó e tantos outros, misturam a realidade e a fantasia usando uma linguagem coloquial e acessível.
O livro "Caçadas de Pedrinho", publicado em 1933, que faz parte do Programa Nacional Biblioteca na Escola, do Ministério da Educação, está sendo questionado pelo movimento negro, por conter "elementos racistas". O livro relata a caçada a uma onça que está rondando o sítio. "É guerra e das boas, não vai escapar ninguém, nem tia Anastácia, que tem cara preta".
José Renato Monteiro Lobato morreu no dia 5 de julho de 1948, de problemas cardíacos.

Obras de Monteiro Lobato

Idéias de Jeca Tatu, conto, 1918
Urupês, conto, 1918
Cidades Mortas, conto, 1920
Negrinha, conto, 1920
O Saci, literatura infantil, 1921
Fábulas de Narizinho, literatura infantil, 1921
Narizinho Arrebitado, literatura infantil, 1921
O Marquês de Rabicó, literatura infantil, 1922
O Macaco que se fez Homem, romance, 1923
Mundo da Lua, romance, 1923
Caçadas de Hans Staden, literatura infantil, 1927
Peter Pan, literatura infantil, 1930
Reinações de Narizinho, literatura infantil, 1931
Viagem ao Céu, literatura infantil, 1931
Caçadas de Pedrinho, 1933
Emília no País da Gramática, literatura infantil, 1934
História das Invenções, literatura infantil, 1935
Memórias da Emília, literatura infantil, 1936
Histórias de Tia Nastácia, literatura infantil, 1937
Serões de Dona Benta, literatura infantil, 1937
O Picapau Amarelo, literatura infantil, 1939

Fábulas de Monteiro Lobato

O Cavalo e o Burro
A Coruja e a Águia
O Lobo e o Cordeiro
O Corvo e o Pavão
A Formiga Má
A Garça Velha
As Duas Cachorras
O Jaboti e a Peúva
O Macaco e o Coelho
O Rabo do Macaco
Os Dois Burrinhos
Os Dois Ladrões
A caçada da Onça

Jeca Tatu

É no livro "Urupês", que Monteiro Lobato retrata a imagem do caipira brasileiro, onde destaca a pobreza e a ignorância do caboclo, que o tornava incapaz de auxiliar na agricultura. O Jeca Tatu é um flagrante do homem e da paisagem do interior. O personagem se tornou um símbolo nacionalista utilizado por Rui Barbosa em sua campanha presidencial de 1918. Na 4ª edição do livro, Lobato pede desculpas ao homem do interior.

Fonte: http://www.e-biografias.net/monteiro_lobato/





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Dia Internacional do Livro Infantil

A literatura infantil surgiu no século XVII, no intuito de educar as crianças moralmente.
Em homenagem ao escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, foi criado o dia internacional do livro infantil, que é comemorado na data de seu nascimento, 02 de abril; em virtude das inúmeras histórias criadas por ele.
Dentre as mais conhecidas mundialmente estão “O Patinho Feio”, “O Soldadinho de Chumbo”, “A Pequena Sereia” e “As Roupas Novas do Imperador”.
A data é conhecida e comemorada mundialmente, em mais de sessenta países, como forma de incentivar e despertar nas crianças o gosto pela leitura.
Tanto os clássicos da literatura infantil quanto os livros somente ilustrados, proporcionaram o desenvolvimento do imaginário das crianças, bem como o aspecto cognitivo, desenvolvendo seu aprendizado em várias áreas da vida.
As histórias reportam valores morais e éticos, que levam o sujeito a repensar suas atitudes do cotidiano, numa reflexão que pode modificar sua ação, tornando-a melhor enquanto pessoa.
Segundo Humberto Eco – escritor, filósofo e linguista italiano – a literatura infantil traz sentido aos fatos que acontecem na vida, envolvendo as crianças. Dessa forma, "qualquer passeio pelos mundos ficcionais tem a mesma função de um brinquedo infantil.
As crianças brincam com a boneca, cavalinho de madeira ou pipa a fim de se familiarizar com as leis físicas do universo e com os atos que realizarão um dia".
Todos os anos a Internacional Board on Books for Young People, oferece o troféu “Hans Christian”, como sendo o prêmio Nobel desse gênero, algumas escritoras brasileiras já foram homenageadas, como Lygia Bojunga, no ano de 1982, e Ana Maria Machado, em 2000.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia


Hans Christian e um de seus principais personagens – O Patinho Feio

Fonte:http://www.brasilescola.com/datas-comemorativas/dia-internacional-do-livro-infantil.htm

terça-feira, 15 de abril de 2014

Curiosidades da Páscoa

Páscoa ucraína no Brasil
Descendentes de ucranianos de Prudentópolis, PR, ensinam como preparar a pascha, pão mais importante para seu povo nessa data 

Texto Clarice Couto
Fotos Leandro Taques


Pêssankas, ovos pintados à mão cujos desenhos têm diversos significados



Nesta época do ano passado, precisamente no Sábado de Aleluia, véspera da Páscoa, uma multidão de mais de duas mil pessoas passou pela peculiar Igreja São Josafat, em Prudentópolis, região centro-sul do Paraná. No longo período das 8h às 17h, fiéis da cidade inteira se dirigiram àquela construção de estilo bizantino. Na calçada que a circunda, formaram um cordão humano fervoroso, que aguardava com cestas decoradas - e repletas de pães, ovos, carnes e outros itens - sua vez de receber do pároco a bênção para aqueles alimentos, que seriam consumidos ceia matinal do dia seguinte.
É dessa maneira incomum que os moradores da cidade, de 50,6 mil habitantes, vêm vivenciando a data cristã, há mais de 100 anos. Na cidade, em torno de 70% da população descende de imigrantes ucranianos (ou ucraínos, como eles preferem dizer), que chegaram ao local no final do século XIX. Ao longo das décadas, a Igreja Católica local desempenhou papel fundamental na valorização e preservação das tradições. Ainda hoje, a maior parte das missas é celebrada em ucraniano e a alimentação, os rituais e os símbolos típicos poucas alterações sofreram.
Neste mês, como esperado, tais festejos se repetiram. E, entre os muitos elementos simbólicos próprios da Páscoa celebrada em moldes ucranianos, dois conservam especial relevância: a pascha, principal alimento da festa, e as pêssankas, ovos pintados à mão com desenhos de significados variados. O primeiro, um pão salgado de sabor simples, representa, nas palavras do pároco da cidade, Eufrem Krefer, "o Cristo ressuscitado, que vem a nós como alimento espiritual, por meio da palavra, da bênção e da eucaristia".
Na cidade e na zona rural do município, a obediência às tradições é idêntica. A influência da Igreja Católica "ucraniana", com missas celebradas no idioma homônimo, é reforçada pela existência de 34 templos de estilo bizantino espalhados pelas comunidades agrícolas de Prudentópolis. A eles o povo também se encaminha com suas cestas, seguindo a prática de enchê-las com a pascha, a babka (pão doce semelhante a um panetone), carne de porco, linguiça, a típica krakóvia (embutido de sabor parecido ao da linguiça), requeijão, ricota ou manteiga (às vezes, modelada em forma de carneiro), sal, uma raiz forte chamada krim, ovos e pêssankas. Cada componente refere-se a um momento da crucificação, morte e ressurreição de Jesus.
As pêssankas, hoje vinculadas à comemoração da Páscoa cristã por ucranianos e poloneses, datam, entretanto, da era pré-cristã. No folheto da Paróquia São Josafat, explica-se que o costume de pintá--las já existia antes do nascimento de Cristo, associado ao começo da primavera e à ideia de renascimento da vida da natureza. Era comum também relacionar os ovos à vida e à morte e levá-los pintados para o cemitério. Com a adaptação das crenças ao cristianismo, as pêssankas passaram a simbolizar a ressureição de Cristo.
"A base da fé é a ressurreição, e o ovo é o símbolo da vida nova", explica o padre Krefer. O pároco conta que, na cidade, muitos já não conhecem as técnicas de pintura dos ovos. Por isso, optam por comprar exemplares artesanais para presentear amigos e parentes. Uma das artesãs dedicadas à arte milenar é Vera Lucia Daciuk, 48 anos. Neta de ucranianos, ela aprendeu a história e os métodos de produção de pêssankas em um curso ministrado na cidade. "Como entrei em um colégio de freiras muito jovem, convivi pouco com meus pais e não herdei essa tradição deles. Mas meu sonho era aprender a fazê-las", afirma.
Com instrumentos simples e firmeza nos traços, adquirida em 16 anos de experiência na atividade, Vera dá forma e cor às cascas de ovos de codorna, garnizé, avestruz, ganso e o mais usado, de galinha. Pela entrega ao trabalho, maior ainda nesta época, ela raramente tem tempo para preparar sua cesta. "Como toda a família vem de fora para a casa de minha sogra, ela se encarrega de assar a carne, cozinhar os ovos, juntar as pêssankas e levar tudo para a bênção. No domingo de manhã, por volta das 8h, arrumamos a mesa, cantamos um hino sobre a ressurreição e depois ceamos", conta a artesã. Com reflexão, fartura e arte, a Quaresma se encerra.
MAIS INFORMAÇÕES: Vera Lúcia Daciuk, tel. (42) 3446-1027, e Joanina Colecha, tel. (42) 3446-1915



Pascha, pão salgado decorado, tido como principal alimento da Páscoa ucraniana; Vera Daciuk (no canto, à direita): há 16 anos pintando pêssankas


Usando um instrumento chamado bico de pena, Vera realça desenhos da pêssanka; para pintar um ovo de avestruz (foto), ela leva até três dias

Pascha
Preparada por Joanina Colecha, quituteira de Prudentópolis

Rende um pão | Tempo de preparo: uma ou duas horas | Dificuldade: média
Ingredientes
>>> ½ quilo de farinha de trigo
>>> 1 copo (tipo americano) de leite
>>> 1 ovo
>>> ½ colher (sopa) de manteiga
>>> ½ colher (sopa) de sal
>>> ½ colher (sopa) de açúcar
>>> 1 colher (sopa) de fermento
>>> ¼ colher (sopa) de banha de porco
Como fazer
Em uma bacia, dissolva o fermento no leite ligeiramente amornado. Deixe formar uma levedura para depois acrescentar o ovo, o açúcar e o sal. Adicione a manteiga e a banha de porco, mexa e acrescente aos poucos a farinha de trigo. Sove a massa até ela ficar macia e desgrudar das mãos. Se ela estiver muito seca, acrescente um pouco de água. Coloque a massa para descansar na própria bacia, cubra com um pano limpo e deixe crescer por 20 minutos ou pouco mais. Depois, sove-a novamente e, em seguida, acomode-a em uma forma redonda (pode usar também uma forma de pudim) untada com óleo e farinha de trigo. Cubra de novo com um pano e deixe crescer por mais uns 20 minutos. Faça enfeitinhos na massa se você souber ou só pincele com a gema de um ovo. Leve ao forno alto e, quando ela começar a dourar, abaixe o fogo para que a massa fique bem assada por dentro. Demora em torno de uma hora para que ela fique pronta. Sirva com manteiga, requeijão ou outros produtos semelhantes aos da cesta, como linguiça, embutidos e carne.




Fonte: http://revistagloborural.globo.com/GloboRural/0,6993,EEC1709672-1488,00.html

Para que serve a Literatura?



Vamos conhecer um pouco sobre a leitura da literatura?
No link abaixo você vai descobrir um pouquinho mais sobre esse assunto.